domingo, 18 de fevereiro de 2007
Deserta, o Horizonte da Maçonaria
Sempre foi o fim do meu mundo. Mais a Sul já não havia nada. E para poente, do lado do Ancão, tudo mudava, pela invasão de pinheiros. Aliás, os extremos da Ria são parecidos e repletos de pinhas. Do lado nascente, ficavam os pinhais dos Drago, hoje a praia Verde. Do outro, os esteiros e as pequenas lagoas do Ancão. Por isso, de miúdo, para mim, o «último areal» era o da Barreta, na ilha Deserta. E era uma aventura ir lá e passar o cabo de Santa Maria, que, em calma, não se compara ao seu irmão ocidental, o Vicente. Agora fará seguramente mais de 20 anos que não vou lá. Em alternativa, procurei durante esse tempo todo o Lacém, mais fácil de aceder e menos ventoso. Do lado de terra, entre estes dois mundos dunares, pelo meio ficava a virtude. Em tons de maçonaria, com moínho de maré e larga caldeira, pateiras e galinhas sultanas. Por isso, em frente da quinta maçónica, ultrapassada a ria, na sua parte mais extensa, só poderia ficar mesmo aquela Deserta.
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2 comentários:
...tinha vivendas maravilhosas...uma pena
paraísos.
...e continua a ser um paraíso.
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